segunda-feira, 30 de maio de 2016

Soneto-Estudo X(Soneto, n. 196)

À beira da sombra
lembro a noite em que nasceu meu pai,
onde cem pés de Otumãs
enxergam da varanda o horizonte.

Sererafins desposam lágrimas de barro
sobre o retrato do Velho
suspenso entre dois acordes,
e o sol de quase dezembro.

Os homens são pardacentos e chochos,
já não são crases, nem bêbados_______
esqueceram as estrelas
em cima das pautas de música.

Ó bússola de meu Exílio,
vejo meus netos me Derrancando a memória. 


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