quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Nublúrimo(Soneto, nº 168. Desentranhado a partir de original de Catarina Rosa Muirin. Dedicado a Catarina Rosa Muirin, e pra Gabriela)

Me diz: quem dos teus rostos que parte aos Mares,
agora que morte espera para ter minhas mãos  -
o rosto obeso em distâncias mais Desmentidas
e virgens sem olhos dançando à cabeceira da cama?

O vidro do coração partiu-se em górdias falenas
e tu'alma andou três círculos Atados
a boqueirões onde morríamos continuamente
e todas as vezes era Contigo, lonjura andária

plena de pássaros sedentos de águas
que nunca Fui(o bardo troncho que inda serei
agora cabe nos sete mares como uma vela
imprescindível aos galeões nas Tormentas)______

me diz: QUEM dos teus rostos que afinal parte,
vergado ancilho ao Peso de tantas Águas?

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