quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Soneto, n.469

Os homens seguem obrigando as plantas 
a mudar as camisas, globo de fogo 
sem cão nem deus, sem sopro de Voz 
a lembrar que se tire ela Pedra,

a fim de que da caverna 
o pássaro Saia, tangendo música 
e adornos de Lanças sobre teu dorso, 
teus seios, teus bandolins.

Os homens seguem soltando fogos 
sobre meninos ossudos, cada mangueira 
agora pode esconder um atirador da polícia,
nós voltamos ao tempo dos galeões Digeridos________

servindo de minueto na escada dos Séculos,
bicho nervoso, ele-BOI: descomedido na Enchente.

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