sábado, 31 de março de 2018

Soneto, n.385(Antífona Bruêra. Para Larissa Gusmão)

Cemitérios andam redôntchos,
soltarando foguetes porque meninas ossudas
desencordoam árvores minerálias
do sangue exposto em praça na gomôrra

Antiga, e ninguém sabe se é Hora e
se a tabacaria grita desde o ventre 
seus bandolins, e a música do espaço
anda nos olhos do cavalo mecânico -Noite

de lanças e estandarte azul sobre teu Dorso,
arcadas nuas e Rochérias, artesanato 
do infinito_________ mar passaréla sacudindo 
sua Bruêra de mortos, galeorões condenados

a servir de minueto na escadaria dos Séculos,
bicho nervoso, BOI: descomedido na Enchente.


**(Bruêra: Feixe)**

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