sábado, 3 de março de 2018

Soneto Encoberto(n.376. À memória de Fernando Pessoa)

Cada palmeira da estrada 
são pespontos onde ancora a Barca,
e o luar Castrou todas as flores,
alma de outras assírias...

Frente ao porto esboroa-Se a cidade -
ânfora de cinzas, catedrais... o Pasmo azul
é todo o mês de abril, e as horas-Findas
deltas em/neles Outonos... através de árvores 
sentidas ao ouvido, muitas léguas de sombra...
e sempre Chove nela Sombra esperiamente -
e tão suave a brisa a enternecer ela tarde 
que não Torna!_______ que importam sedas,

se a Hora pel'alameda arrasta os mortos
de ontem-Sóis que agora em pedra Gorgorejam...


**(OBS: construído segundo a forma 4/8/2)**

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