sábado, 4 de julho de 2020

Canção de Declínio n.2(Soneto n.600, forma Paulo Henriques Britto, à memória de Mário de Sá-Carneiro)

A vida dura o tempo justo
de perdas Incontáveis______rato ao pé do

morrote, ondas mugem seu NÃO-respeito
por garras que deviam ter Unhas,
calças que vestissem Homem.

A vida dura o tempo de as incertezas
baterem laje com cimento Mauá
e as multidões cada mês
mais silêncio de túmulo_______

morri com vãs maçanetas até enxergar
que a DisgraCÊncia andava muitos países
e a porta ali do lado era o irmão

cobrando o pulo do nono andar______ tarde
morre entr'eles galhos de minhas mãos.

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