segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Soneto, nº 143(Para Sarah Valle, Querida)

Nascer é muito Comprido:
ainda não nos habituamos
a mover nuvens com olhares-Sonho,
a desenhar cirandas em si bemol

no país de todas as crianças,
onde não há nem prata nem ouro,
nem abutres rondando fígados,
e a tarde é sempre Manhã.

Mas em vez disso o mundo é Manhattan
sobre cavalos abatendo pianos,
o Tédio veste hugo boss alegrinho
sobre o boi-Morto dos tempos______

nascer é muito Comprido: destemperança
sem brisa de Velocípedes.

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