quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Ombrélias chamaNANdo os Fogos(Soneto, n.473, forma 4/8/2, à memória de Maiakovski)

"Não há futuro pras jaquelines sepultas
dos ribeiRÍns" - dizia a malta
que 'inda pisava as florÊncias
com mais Tutano, e canhoLÊS e tropas________

o "Tempo" do Walter Franco - tiquetaque bem
depressa - andou com pernas e SARRAFAÇAIS
quilomeTRÊNIOS direção dos Quintos,
chegou no vento outubro vinte e oito
e estes olhos viram joÕES tranqueRÚdos
irem cantaaando pro Alçapão - os próprios bois
pasmando em Ver como a fazenda-modelo
erige pra dona Morte erês festins e reizados_______

quem tem ouvidos favor criar na cara Vergonha,
de outubro ACÁ mais Amarildos Sumiram.

Soneto, n.472(Para a amiga Tatiana Pequeno. Forma Paulo Henriques Britto)

Há reticências que falam por SI:
Perdi fla X flus, e a esperançália(Marina)

no itoroRÓ não achei. Ilê-ficheiro
de enferrujar-se no charco a própria 
chuva, por cima os flautins

SUMIRAM da gaveta dos anjos, meu
lado esquerdo anda Espaço, a piramBÊra
à mostra como zepelins trazendo a GenÍ
mais coronéis sacruleJÂno' as giromba'...

há reticências que por si discursam
com voz de maracaNÃS______ boi morto
esse terceiro dia de páscoa aos homens

de boa vontade... onde cabia Deus folgadamente
os mesmos homens aSSorearam grãs-Mortes.

Soneto, n.471(Forma Paulo Henriques Britto)

Olhei paredes e escadarices:
um cristo Falso dos mares

entronqueRÁva por tudo ranCÂNdo os couro'
das portas e salas do homem, mãos ao 
trabalho, espÍritos - continuai a azaFÁRnea

de pôr gradeiros nas janelas das almas,
o Semeador Inda sai
mas paciência dos Três tá bem chegando
nos limites do pote, intÃo dispois

não adianta parar aTÔnito
em frente à grande escadaria:
bolsonaro está no Planalto, Serafins

indiferentes virão fechar em Bronze Eterno 
todas as Portas: rancharééÉÉu dos Infernos.

Soneto, n.470(Forma 4/8/2)

CeremitÉrios andam redôntchos,
de tão mas TÃO gordos: até da tabacaria 
brotam zebus pra barca dele Caronte,
coitado, agora sem folga, ou céu.

As crinas e o estandarte azul
viraram Grita dos horizontes em pêlo,
artesanato infinito e mais burumbás,
mais lunários de Momo. A banda nunca 
mais Voz - o Deus-minino precisa ouvir cantar
o minueto do boi, pra que os beatos santÊros
possam botar de-comer na boca dos filhos-árvores,
quero ir contigo, pequena, onde o mar InfinitÊie_________

isso apesar de ermitões, cemitérios, carontes:
Vamos fugir sobre cavalos marinhos.

Soneto, n.469

Os homens seguem obrigando as plantas 
a mudar as camisas, globo de fogo 
sem cão nem deus, sem sopro de Voz 
a lembrar que se tire ela Pedra,

a fim de que da caverna 
o pássaro Saia, tangendo música 
e adornos de Lanças sobre teu dorso, 
teus seios, teus bandolins.

Os homens seguem soltando fogos 
sobre meninos ossudos, cada mangueira 
agora pode esconder um atirador da polícia,
nós voltamos ao tempo dos galeões Digeridos________

servindo de minueto na escada dos Séculos,
bicho nervoso, ele-BOI: descomedido na Enchente.

Soneto, n.468

Um dia foram borboletas 
que de bicicleta saíram pelas janelas
do homem: anjos cubistas tocaram Schubert 
na praça, num repente 

era o Princípio, a Palavra: os Três 
levantam das cavernidades um cós de Mão 
bicando o dorso verde das montanhas 
onde trafegam pianos em flor.

Enquanto isso inda é verão na cidade, 
me lembro o clube da rua Bariri,
Olaria campeão brasileiro da Série C
em 1981_________

e as borboletas de bicicleta me levam
onde a piscina, LÁ, continuará Retinindo.

Soneto, n.467(Forma 4/8/2. À memória de Mário de Sá-Carneiro)

Para um Silêncio onde amanhãs
não têm roupa e se pluriextanguem
no frio Irreparável que são os chicotes 
dessa cotidiana vida é que preparo

o terno que irei usar nos Chanfalhos...
TacitÚrnico percebo não ter sido rei
nem quando os matos vestiam meu bairro
e inda joanInhas vermelhas dançavam 
no prado em frente...
Para um Silêncio onde os futuros 
são toda a parábola da figueira Seca
preparo meus rÉis de azinhavrado Adeus________

munduRÃO Vidrilhó que sobre minha capa
plantou serpentes, foz de outonos e Espadas...