sexta-feira, 24 de junho de 2016

Soneto Marálho(n. 204, à memória dele Mário de Sá-Carneiro. Pra Liv Lagerblad)

Um cu estrompário, Descaravelho e pimpão
fossilizou meus oceanos de jade e seus terraços
por cima, foi pedrerê muito Além 
das bandeiras anunciando Ressaca.

A tal padrasta - ela Vida - tem sido aquele
apontador do bicho assassinado por ledo engano,
quando o cherefe diz - "ih num é que ele era Inocente" -
mas nem por isso deixa a cerveja esquentar___________

sou Eu, que nem Sá-Carneiro,  vigendo cózes
de butucuns com grandes dentes Ferróceis,
todo o verde-floresta se pintalgando
em cem Marálhos Cinzudos__________

e entonces são pianês Nunca Mais
cavalgarando as Ombraturas da terra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário