quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Soneto, nº 150

Acordo. Tarde cai da janela mestra,
pelas grades do meu Cárcere.
Quadris de oito violoncelos
negacerejam em volta da lâmpada.

No meio da cama duas mãos:
pobrezinhas, jamaaaais subirão um altar
onde uma moça de branco esteja,
núpcias que virão Nunca.

Uma mão rela no braço da outra,
igrejas de cidades mortas, até encontrar
meu ombro Nenhum. lá fora um prequeté
dum capeta dispara um tango argentino_____

mostrando todo Lampão o dia,
que envelheceu sem Mim.

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