quinta-feira, 2 de abril de 2020

Esbregue n.16, dele São Mármaro na Quarentena (Soneto n.584, forma 3/2/7/2)

Ao som de Bach eu leio o meu poeta preferido
canTIlenar que elas pedras de Ouro Preto
dormem Dormem o sono da mineração,

entre os espeCtros dos pobres e dos doidos
que num borderLÚnio dão-SE os pés,

já livres, LÍÍvres - dela matéria
e do VÍrus. Entretanto aqui também
por tudo TUdo faz noite, agora Chove:
regatas de Luar não se correram e nos beirais
os anjos moços tocam fagotes no anteLÍrio
deste escorCHÊio Já ali no vão da escada -
'ssa PanDÊmia, marfaraNHÁÁda, sacudida,___________

ao SOM de Bach vai nos TronchÂndo,
esgadaNHÂndo, matando.

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