quinta-feira, 28 de outubro de 2021

SONETO DCCXLI

Soneto n.741(Forma 3/2/7/2, para Leonardo Marona)


O Velho Ferges olha aquele quadro

do Portinari______ duas crianças pulandÔ

carniça, e o sorriso


não consegue distrancar a porta,

anel de vidro quebrado, elas cirAndas


matadas junto do deus que não se pode

ir buscar outro no PiaUÍ – agora

Má-Jurumenha usá coturno e

mais de seissesCEntas mil famílias

ficaram SEM crejuás, coleirondós,

bem-te-vis_______ no Alvorada des’dois mil e 19

todá alvorada há coproFÁgia no Cercado_______


claquIMUNDA abre as boCÁrras, fagoCIta o

merderÉU que o Ogro cÁGA pela bOOca!!

SONETO DCCXL

Soneto, n.740(Forma Inglesa, à memória de

Mário de Sá-Carneiro)


À minha frente – lOOnge -

o cais, e o mar atrás,

que entre Brumas

esperava, Sânscrito_________


paz, paineiras, umas primaveras -

tudo de Antes jaz

empoeirado e magriço,

futurós nirinHUMs_______


tudo ERROU às bérras de

infinitas alcatéias que em 2018,

mês dele outubro – tomaram o Paço,

o Povo, o Planalto________


o sonho de ÍRIS

morto a ouro, e brasa.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

SONETO DCCXXXIX

Soneto IninterLÚdico(Soneto n.739, forma

Paulo Henriques Britto)


Pela janela da fábrica

dia se faz rabiÓla


de soltar pipa_____ lá dentro

o funcionário-grumete

esquece os donos de Capitania


e se o algodão-seriDÓ é MEESmo o

milHÓr do mundo: as mãos

viram esCÁda onde os anJÚS da Velhice

descerão/subirão por ela e Néssa altura


o Jusé já não terá peças

de reposição na cangalha,

aeroportos cancelarão as caravelas


restantes______ pela janela da fábrica

se foi mais uma pipa, Voada.

SONETO DCCXXXVIII

Sermão raiz-fÓrte dele São Mámaro(Soneto n.738.Forma 4/8/2)


Sou imbrochável

e incomível”(Jair Messias)


Poema sobre os Muros do Século:

o CÔIso SIM cairÁÁ e nunca mais

as janelas ‘starão macamBÚzias com

carolinas chorando nelas_______


aqui neste terreno Lusado as esperanças

botarão Ôôlho pra fÓÓra dos

socaVÕES ainda co’ uma ponta de

caGAço, mas lá de Cima os

urubus-jeréba serão as pombas com oliveira

nos bicos, aboiARANDO pro mundo

o custiPÍÍÍU que levará bozoNÁZI

pros quintARÁLHOS do Inferno_______


onde o esPÉram pirocÕES de caPÊtas -

e todos eles curimbÔS IMBROCHÁÁÁVEIS.

SONETO DCCXXXVII

Imagens(Versão soneto, n.737, forma 3/2/7/2, à memória

de Mário de Andrade)


O raio de sol arisco

riscando o chuvisco ao Meio

encerra ela terceira paisagem


do arlequinal MariÔStro, anÚ que vem

ê vai fazer cem anos______


escadas Zéfiras vestirão a pele dos

deZÉrtos – veias claras dos gravatás

tangendo em Hora

as areias_______ Poema

assim sapé na lagoa se VEM

brisando a Manhã… as pombas

se agaDÃnham nos arranha-céus com


ginga de mestre-sala: ainda(por algum Tempo)

haverão claves de sol.

SONETO DCCXXXVI

Brejú das Almas(Versão soneto, n.736, forma 3/2/7/2,

à memória de Carlos Drummond de Andrade)


Brejú das Almas é municÍPE

que arrota cereais

pra Montes Claros


e o vento faz piá

mijá nas cama’ em julho________


friÔ sabe a Férro nos ossos, botocuNIldo,

há tumbéim exportação de toicinho

mamoNÁ e ovos_______ nos intervalos olhos

sugam das telas o que lá longe a

antiga capital exPÓrta de MIÓ

nestes dias_______ crianças pretas levando tiro

nelas caCUndas nos banCÚ’ de trás


delas K.O.mbis, nele alemão compleXÔ:

Brejú das Almas faz pelÚ-sinÁ’.

SONETO DCCXXXV

Soneto aGAROAdo(Soneto n.735, forma 3/2/7/2)


A Serra do Róla-Moça

não tinha esse nome NÃO”(Mário de Andrade)


Cidade dos homens debaixo

d’um cobertoldo aGAROAdo

desque elas sombras da nÔIte


subiram os galhos das árvores em busca

dos Socavões onde o cavalo da Anaile


há muito se despenhOU, fundÓs onde

amarelos não chegam e

nem o carro de Apolo – a

serra do Róla-Moça fez do noivÓ

como à figueira sem frutos o

vergasttalho do Hóspede e pós-Depois

não teve lampadosa do Encanto


que espírito algum desse Jeito:

perdeu-SE o Nome do moço.