De um sol longínquo um sopro
nos outonos de Mim - onde uns aléns
inda refletem luz Sonoramente -
algum jardim floresceu
pelos meus olhos tão d'água, memória
do que eram cores vestindo
o branco-Vazio da minh'alma,
aurora, um dia...
"Ah, não sei porque mas certamente
aquele raio cadente
alguma coisa foi na minha sorte,
que a sua projeção atravessou..."*
onde era ideia de Norte, último sopro
a retardar o inverno Derradeiro...
*( Citação de trecho do poema "Ápice", dos mais lindos de Sá-Carneiro)
Imagem: pintura de Julio Pomar, "Lusitânia
no Bairro Latino" - retratos de Mário de Sá-Carneiro, Santa-Rita Pintor, e Amadeo de Souza
Cardoso)
Nenhum comentário:
Postar um comentário