quinta-feira, 24 de junho de 2021

SonÊÊto da nOItch! de São JUÃO(Soneto n.734, escrito na noite de 24/06/21, forma 3/2/7/2 com Estrambote no último dístico. À memória de Murilo Mendes)

O apocalÍÍPse dele aPÓstolo JuÃO
'xpLÓde o SuperAmenDUÍm
junto ao 'spiNAfre-BioTÔnico____________

babás tiram correeendo carrirÍNs de bebê
porque os QUAtro cavaleiros

baterão RÉ-corde em voltá mais RÁpida
e os tamburINs deles anjos vão
'sparrAMAR taças pelo mËi' do céu:
o FIM vem beem gritaando o funeral
dos Fla X Flus, e dos milico' vem o grIH!!to
de "CAÍ SOBRE NÓS" - à MantiquÊIra
indiferente - "batemos PÁlma pr'ele-CÔiso

à custa de 500 mil pessÔas"- INADIANTA!! -
Vão-se pros Quinto' seus pUUto' - São Mármaro
vai lhes DizÊ.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Soneto com Eco do Castro(Soneto n.733. Forma Inglesa)

CabroBÓ delas Antas é o sumidouro
onde o esPÊlho da perdida Esperança
desfrrrrunDÍU-se em pedAços, graças ao
cÁCto intratÁvel posto ao sÓlo pelo

temporal cabelÚdo________eu falo delas
quatruCÊntas e noventa mil laringes
que jamais terão voz pra novamente
gritar gOOl! nos domingos: sem preVIÁ

consultÂncia um mandatÁrio coiSÚdo
os colocou na barca do Caronte 
porque Paris bem vaLÍa uma MÍssa e a
cloroQUIna tava AÍ pra isso MÊRmo_________

Senhor Deus destas ÁLmas! - por miserÉre
cobre com JUROS desse bÔzo aSSaSSiNÓQUIO!!!

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Postal n.3(Soneto n.732, forma 3/2/7/2, à memória de Mário de Sá-Carneiro. Para Caleb.)

Atrás em meu pensamento
a rua do Ouvidor e todas as suas
barracas, perereQUÊ de comércio

que bEEm remOnta às Turmalinas
d'AntÂNH?o, e mais a Oeste

vento SÉRRRRa os seres pelo mÊIo
e as viÚvas não recebem montePÍo_____
sol nas bancas de revista não deixa ver
láá entre as ÁÁrve'
reflexo de baionÊTA!
buscando a quem devorar
(o grAAnde Ausente é o Lampião de NÁrnia)______

regatas-MUrtas de luar desvestirÃO
toda a roupa em pleno InglÓ dela PÁItria.

Postal n.2(Soneto n.731, forma 3/2/7/2, à memória de Mário de Sá-Carneiro)

O espaço-Livro de mim-MEsmo
tem MUita falta de
um pouco mais de Azul

nos quatro autÓDROmos da Rosa________
rande-VÚS em família sururuQUÊiam

o Pouco mais de Sol que FÔra brasa
na janela, e num tem fEIra amanhã,
e nem foLÍa pra Jusé/Juão________
timbres de Outono invadem caules de
luAR que os dedos-FÓsseis
não dão mais conta de Brilhar por
entre as águas que chOOram________

o espaço-Livro de mim
ninguém (MÊsmo) quis tirar pra dançar...

Postal n.1(Soneto n.730, forma Paulo Henriques Britto)

O tinteiro truPIca nas mãos E
a tinta foooge pelos dedos________

não dá para escrever obra prima E
nem cunhada e nem sogra, elá Vontade
entrando na balaLAICA E

no pé do pinto________
nossas frUtas mais gostosas
custam cem mil réis a trÚZIa
e me aborrecem tAAnto:

anoiteceu num temporal macaNUdo
que desCEU pela barba de Arão e
ninguerÉIM se deu por Achado,

não valia a Missa________
tarde quEEnte esvaziOu prateleiras.

terça-feira, 15 de junho de 2021

Soneto n.729( Forma 3/2/7/2)

Diás 'strÂNHOS Estes_____ horas soam como
acordes tÓRtos do HermetÚ PascoAl, pássaros
fuzarmerÍNDIOS________

vento vem tecendo elÁ paisagem
que não Brilha porque Surdos os

ouvidos vão - são guias cegos
que outros cegos vão trumBLÂndo pro
aBIISmo, todas portas eh! desabam os
tornozelos como casas constRUÍDAS sobre
arEIa: os coturnos vão citados como
catecismos do InfernÉU que hoje é Brasília
e se NÃO retirarmos do planalto o bOzo

amanhã num tem fEIra - hEI José,
num tem mais construção - hEI João...

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Soneto em modUÉ Postal(Soneto n.729, forma Paulo Henriques Britto)

O tinteiro truPIca nas mão' e
a tintÁ foge-mE pelos dedos________

não dá pra escrever obra prima
nem cunhada nem sogra, la volunTAd
entraaando na balaLAica e

saindo no pé do PInto__________
nossas frUtas mais gostosas
custam cem mil réis a trÚZIa
e me aborrecem tAAnto, 'nOiteceu

num temporal macaNUdo que
desCEU pela barba de Arão e não-nin
GUÉm ê! se deu por Achado, não

valIA a Missa________ mUfa quEnte
esvaziOu prateleiras...

Soneto do Malazarte (Soneto n.728, forma 3/2/7/2)

Quem
bole em TOdas as Almas
que encontra?_______ sala de visita COM

paisAgem, Malazarte É o NOme,
firma Reconhecida

em cartÓrio. E quem DÓrme
na cabeça do hOmem? É EEEle que tem
ÁSas que nEEm
vanGÉlias cheias de versos______ 
cheiRÚ d'angélicas e
chamas da nÔIte
deslocando os sentidos da rua, 

amanhã
vem no jornal.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Soneto n.675(Forma 3/2/7/2)

No canjirÁU desses OprimiNÓzios
sapos cururUS ê mais se espaVENTAM
nos peraus profundos__________

de cada vez mais gente coaxando Junta,
gEEnte que perdeu faMIlia pra covÍÍd,

vendavÁÁl que levou TUdo embora. O cÉU
é todo esPASMOS em bronze e brasas cÂNHas
de fogo, tesouros molham rosto na tRÉva
e nunca MAIS o sopro dos meninos-Anjos
(fugiram tOdos gritando) - no São Francisco
todÁS carrancas deixaram os barcos
como proTESto pelo bozo-CÔrno em Brasília:

no canjirÁU desses peraus maTÁdos os
telefones coaxam Dulce, morta, Dulce, mÓÓrta.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Soneto n.727(Forma Paulo Henriques Britto, com Estrambote de um terceto no meio do soneto)

...êêêhh cachecol da via-LÁctea
mais diFÍcil de alcançAR

com a mão..._______ mundÉu 'rreliou-SE,
des-Águaco, e o esTIo perelecou
dando cÔIce, a tal ponto

que o coronel desceu de bUNDA a escadaria
do novo municipal mesmo no mÊI'
do concerto do Radamés tocado pelo grupo

do Jacó________vem no jornal amanhã
que o mortiLHÃO da covid vai 'trapassAR
a casa dos quatrucÊNTOE setenta mil
cÓÓrpos desgarranÇÁdos das Almas -

devidamente em pé na fila
pr'ela barca do Caronte - guimborORÁS
de cigarrÊ mal fumado na cabeça

das hÓRA'_________ êh cachecóóól da via-LÁctea
mais diFÍÍcil de Alcançar com a mão...

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Soneto dela chuva CaÍNte(Soneto n.726, forma Paulo Henriques Britto)

... mãos por tÔd'ela avenida que
manhEREcêra azuLOna_______ máquina de braços

quizomBORÉs, cinzANILdos, chuva: na conjugaçÃO
dela água proFUSA, ubiquAMÁSIA
por TUdo_______ seu Ferges 'spreguiCÊA

nas amuradas deLÁ jan'ELA, cachimbÓ
neles bÊI(!)ço' - não há o que rompa(ele
imagINA) a profundURA das nuvens,
tão baixas que seus dedos tampam

os lilases das hortênsias Longe...
o tchÓque-tchÓque d'um desgarrALdo
tropin-trupica nele asfalto do quarto_________

há MAR intÊI!ro na chuva que espalha rÊses
no mundÉU lá fora...

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Estudo em moduê yamaGÚ-tamaGÓshiko(Versão soneto, n.725, forma inglesa)

Cada mês MAIS, cada dia MAIS deeesde
aquele outubro 28 2018 a parterÉLIA de
gente que ao BOzo deu braço a cintura as duas PÉrna'
e a alma lamenta ter posto em pé

el-rey que andando à mó-quÁtru-pÉ'
as quatrucentas Selas se fizeram
celas plenas de cavÊIras e o ventÚSKO
sopra em mais de 460 mil famílias

e sem dÓ vai rastILHAndo tudo em
PÓÓ(!!)lvora, elÁs paredes são viÉLAS
maSSumbrando sangue do Jacarezinho,
poxORÉUS delas saídas mais rinchavÉLHOS

dos MÓrtos, cinzarERÊlhas morrENTES
bate-cÔXA piramBÊRA aBÁixo.