Paz a Mário de Andrade
no seu osso -
o Sono livre de sacis e
erínias -
xeréns malungos e
tranchãs(*) Florícies,
essa a prece que lhe
trago hoje,
‘pós a missa de finados
que mandei
rezar, na igreja aqui
da geremário
dantas, com direito a
solos cósmicos
de trezentos e
cinquenta fagotes:
até que os Três extraiam
do mundo
a colcha do último
crepúsculo
tu darás de comer às
roseiras e
de Sonhar a nós,
mortais cabrunquícios_____
teu Sono -
livre de sacis e erínias,
siga em Paz, Mário de
Andrade, Amigo.
(*)Tranchãs: palavra
usada por minha mãe, quando queria dizer
que algo estava
perfeito, e também alguém bem vestido. Imagem de Di Cavalcanti, "Carnaval".
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